Não é novidade que o ramo de franquias é atraente para a expansão dos negócios. O mercado que movimenta bilhões tem sido a opção de vários empresários por auxiliar a marca em um crescimento mais sólido e veloz.

Embora o espaço deste artigo não me permita realizar uma discussão muito abrangente sobre esta análise, existem seis conceitos básicos que podem ajudá-lo a decidir se sua empresa tem o que é necessário.

1. Realmente funciona? O negócio precisa ser testado! Não há lei, obviamente, exigindo que um franqueador demonstre competência por meio de prova ou algo do tipo, até pela subjetividade de cada negócio, porém há considerações práticas que devem ser seguidas.

Além das questões éticas – é importante lembrar que muita gente vai investir o “dinheiro da vida” no seu negócio -, para estabelecer credibilidade e, assim, vender franquias, você precisará mostrar que sua unidade piloto é bem-sucedida. Há negócios com pouco tempo de experiência que podem e devem ingressar no ramo de franquias, até por respeito ao timing de mercado e àquela velha máxima: “quem chega primeiro bebe água limpa”, porém é preciso testar aceitação e operacionalidade. Podemos resumir os testes nos 3 “ps”: Produto, Processo e Pessoa.

2. É vendável? Para ser franqueável, o modelo de negócios também precisa ser atraente para potenciais franqueados. Embora seja difícil quantificar a “vendibility”, fatores como a credibilidade, singularidade e posicionamento da marca contribuem.

3. Replicaremos com sucesso? A chave para o sucesso no mercado de franquias é garantir que a essência do sucesso do franqueador seja replicada aos franqueados. É importante lembrar que o conceito deve funcionar em locais diferentes e não apenas por causa de uma localização específica, de um super vendedor ou ainda porque você está empregando 80 horas semanais na empresa. Se o negócio tiver um motivo de sucesso que não pode ser replicado, será difícil repetir a magia. Idealmente, um conceito de franquia deve ser relativamente simples de operar e deve ser capaz de trabalhar em uma variedade de mercados. É claro que franqueados podem trazer algumas habilidades para o jogo, mas isto não deve ser a esperança do negócio. 

4. O payback é atrativo e, principalmente, real? Como disse no item 01. Muitas vezes, o Franqueado está empregando no negócio o dinheiro da vida dele, não brinque com isso. Quando o Franqueado depende exclusivamente do negócio, ele esperará um retorno positivo. É importante realizar previsões baseadas em 3 cenários: Pessimista, Conservador e o Otimista (ou Meta de Venda). Não prometa o melhor dos cenários, o mercado é feito por variáveis.

5. Seu Valor é maior que seu preço? Não há nada mais consistente do que a fidelização de clientes. Para isso, seu negócio deve oferecer intangíveis muito maiores do que produtos ou serviços. É importante fazer a seguinte pergunta: O que meu negócio oferece que o dinheiro não pode comprar?

6. Você gosta de gestão de pessoas? Uma franquia é baseada na manutenção de relacionamentos. Gestão de Pessoas. Os franqueadores mais bem-sucedidos são tipicamente aqueles que estão mais empenhados em garantir que seus franqueados tenham sucesso. Treinamento, suporte, acompanhamento, atualização, contatos, contatos, contatos.

7. Seu capital vai acompanhar o crescimento? O ramo de franquias é um meio de expansão de baixo custo, mas, isso não significa “custo zero”. Para se tornar franqueador, você precisará de capital para estruturação, desenvolvimento de documentações legais, manuais, vídeos, programas de treinamento e materiais de marketing, sem mencionar o orçamento de marketing para geração de leads de franquia.
Lembre-se que para subir no palco, primeiro deve-se aprender a tocar. Por isso, estruture-se antes de alçar voos mais altos.

 

 

Fonte: Administradores

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